A novela gráfica como género literário. Alexandra Dias

A novela gráfica como género literário - Alexandra Dias


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na edição diária de «La Petite Gironde»1. Alguns anos mais tarde, a banda desenhada faz a sua aparição nos jornais destinados aos adultos. A imprensa permanece o suporte de referência da banda desenhada até cerca de finais dos anos setenta, estando a edição em álbum reservada a um número reduzido de autores. É portanto nos jornais – em particular no seio de alguns títulos especializados, hoje emblemáticos, como Tintin e Spirou nos anos 1940 e 1950, Pilote e posteriormente Métal Hurlant nos anos 1960 e 1970, ou ainda A Suivre nos anos 1980 – que nascem as grandes correntes da «nona arte» e que se produzem as principais mutações narrativas e gráficas. Não é senão a partir de 1980 que a banda desenhada penetra definitivamente no universo do livro, fenómeno ←9 | 10→favorecido pelo sucesso crescente do formato em álbum e pela multiplicação de editoras especializadas2. Esta mudança de suporte inicia o declínio e, em seguida, o quase desaparecimento da imprensa periódica como espaço de criação da banda desenhada, para dar lugar à produção de álbuns e revistas da especialidade.

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